domingo, 14 de setembro de 2014

Japão planeja usar tecnologia de reconhecimento facial nos aeroportos

O sistema está em fase de testes e ainda precisa melhorar, mas deve ser adotado até 2018

reconhecimento facial nos aeroportosO Ministério da Justiça planeja adotar tecnologia de reconhecimento facial nos portões de imigração dos aeroportos, para lidar com o número crescente de visitantes estrangeiros em meio a número limitado de agentes da imigração, já em 2018.

Os titulares de passaportes japoneses e residentes estrangeiros de médio e longo prazo já podem usar os portões automatizados com leitores de impressão digital, desde que registrem suas impressões digitais e outras informações previamente, anunciou o jornal Mainichi Shimbum.

O site do Ministério da Justiça vem solicitando às pessoas que utilizem os portões automatizados, destacando a facilidade com que os usuários podem passar pelos procedimentos de imigração. Basta seguir as instruções na tela em cada cabine, e o registro do usuário pode ser concluído no mesmo dia do voo.

Os portões de digitalização de impressões digitais automatizados, que foram implementados nos aeroportos internacionais de Narita, Haneda, Chubu Centrair e Kansai, foram utilizados por cerca de 1.320 mil pessoas no ano passado.

Embora esse número foi quase sete vezes maior que em 2008, um ano após a adoção do sistema, a proporção por número de usuários ainda é de cerca de 4 por cento. A razão para o lento crescimento no uso de portas automatizadas é resistência generalizada ao fornecimento de impressões digitais.

É aí que a tecnologia de reconhecimento facial entra. O sistema lê dados de imagem facial de chips IC embutidos em um passaporte e compara com uma fotografia tirada no portão de imigração para determinar se é a mesma pessoa. Seu maior mérito é a sua conveniência. Sem registro prévio necessário, ao contrário de outros sistemas de identificação biométrica que requerem o registro de impressões digitais ou imagens de íris e scanners faciais, o sistema pode ler imagens tiradas a partir de uma certa distância. Austrália e Reino Unido adotaram a tecnologia para os procedimentos de imigração, em 2007 e 2008, respectivamente.

Em torno de 29.000 pessoas participaram do primeiro teste do equipamento. Nos casos em que o equipamento reconheceu as pessoas corretamente, foi necessário uma média de 17,4 segundos até completar o reconhecimento e que os portões se abrissem.

Normalmente, os oficiais de imigração demoram cerca de 25 a 30 segundos para liberar alguém, o que não é uma grande diferença, mas 90 por cento dos passageiros que participaram do teste afirmaram que usariam o equipamento, desde que não tivessem que aguardar muito na fila.

Um problema com o sistema é a taxa de erro de 17 por cento, ou seja, o sistema não reconhece de forma precisa uma em cada 5 ou 6 pessoas.

Embora existam inúmeras razões pelas quais isso acontece, a direção do rosto, brilho e franjas foram citados como os três principais fatores em 34 por cento, 18 por cento e 13 por cento, respectivamente. A direção em que o rosto está inclinado e se tem ou não franja variam de acordo com o usuário, mas o brilho varia dependendo da hora, data e local, e tem um impacto significativo.

A decisão de implementar os portões com reconhecimento facial foi adiada por causa desses erros, mas o governo pretende implementar até 2018, pois a previsão é de receber mais de 20 milhões de pessoas para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2020.
Fonte: Alternativa

Nenhum comentário:

Postar um comentário